Fonte: Pequena Via: Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus.
[Ano XVII – Julho/2009 – nº 206].
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Pe. Frank Luis Franciscatto

Todos mais cedo ou mais tarde se defrontam com os problemas da doença. Seja de uma pessoa amiga, de um familiar ou de alguém desconhecido. Como é bom nesse momento de fragilidade, sentir o carinho, a presença, a solidariedade e a prece dos amigos

A nossa dedicação aos doentes vai além da simpatia humana. É uma obra de caridade. É um sinal de amor cristão. É esforçar-se como Jesus agiu. Diz o Manual do Agente da Pastoral da Saúde que a dedicação aos doentes tem como finalidade: “Ajudar as pessoas atormentadas pela doença a descobrirem pela fé a explicação da dor e a compreender o mistério da dor, tão vivida pelo Cristo e tão esquecida por nós”.

O sofrimento tem sido instrumento de conversão. Muitas vezes o sofrimento dos outros nos ensinam a amar e o próprio sofrimento nos converte. Ele também desperta compaixão, respeito ou temor. “A dor é sempre temida”, diz a enfermeira Tânia Mara de Moraes. Podemos sofrer de diversas maneiras: dor física, psíquica e moral.

Para dor física há remédios: analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e anestésicos. O sofrimento, seja qual for, sempre é acompanhado da dimensão psíquica do medo, angústia, ansiedade, depressão que dá sudorese, taquicardia, desmaios, pânico. Como compreender o que vai no interior de uma pessoa? E o sofrimento moral da infidelidade, da ingratidão do(a) esposo(a), de um filho, de um amigo? E a angústia de que venha a conhecer nossas fraquezas?

Qual o sentido do sofrimento? Encontramos a resposta na Paixão de Cristo. Apesar dos sinais da ausência, Deus está presente. Há horas que Deus se cala em nossas vidas. Mas está presente. Jesus, diante da morte, sente-se abandonado: “Deus meu, Deus Meu, por que me abandonaste?” (Mt 27,46).

O pior na vida, diz Jesus, não foi ter sido flagelado, corado com espinhos, sentir o deboche, a dor. Foi a solidão, o abandono. E isso vive o doente. Aquele que o visita será, muitas vezes, o único consolo. E, ao levar a nossa solidariedade, nosso respeito, nossa prece, estamos visitando o Cristo na face do irmão doente. O santo protetor dos doentes é Camilo de Léllis, que viveu na Itália (1550-1614). Depois de uma vida agitada e de aventura, começou a dedicar-se ao cuidado dos doentes, fundou a Ordem dos Camilianos, que tem a missão de trabalhar em favor da saúde de quem a perdeu.

Que bom que há pessoas que visitam os enfermos. Que bom que temos aqui na Paróquia a Pastoral da Saúde que leva esperança, carinho e prece à Hospitais e casas. São Camilo, rogai por nós.