Cristo nos fala pela boca de Pedro...

E assim o Santo Padre Bento XVI em sua visita ao Brasil falou às famílias!

 

Em seu primeiro discurso no Brasil, o Santo Padre já se expressou do seguinte modo: "dirijo a minha afetuosa saudação a todos os brasileiros sem distinção, homens e mulheres, famílias, anciãos, enfermos, jovens e crianças".


No encontro que manteve com os jovens disse-lhes: "fazei da família um foco irradiador de paz e de alegria". E também para os mesmos, referindo-se ao grande dom do Sacramento do Matrimônio e do caminho que deve trilhar quem a ele se dirige, assim se exprimiu: "Tende, sobretudo, um grande respeito pela instituição do Sacramento do Matrimônio. Não poderá haver verdadeira felicidade nos lares se, ao mesmo tempo, não houver fidelidade entre os esposos. O matrimônio é uma instituição de direito natural, que foi elevado por Cristo à dignidade de Sacramento; é um grande dom que Deus fez à humanidade. Respeitai-o, venerai-o. Ao mesmo tempo, Deus vos chama a respeitar-vos também no namoro e no noivado, pois a vida conjugal que, por disposição divina, está destinada aos casados é somente fonte de felicidade e de paz na medida em que souberdes fazer da castidade, dentro e fora do matrimônio, um baluarte das vossas esperanças futuras. Repito aqui para todos vós que «o eros quer nos conduzir para além de nós próprios, para Deus, mas por isso mesmo requer um caminho de ascese, renúncias, purificações e saneamentos» (Carta Encíclica Deus caritas est, (25/12/2005), n. 5). Em poucas palavras, requer espírito de sacrifício e de renúncia por um bem maior, que é precisamente o amor de Deus sobre todas as coisas. Procurai resistir com fortaleza às insídias do mal existente em muitos ambientes, que vos leva a uma vida dissoluta, paradoxalmente vazia, ao fazer perder o bem precioso da vossa liberdade e da vossa verdadeira felicidade. O amor verdadeiro "procurará sempre mais a felicidade do outro, preocupar-se-á cada vez mais dele, doar-se-á e desejará existir para o outro" (Ib. n. 7) e, por isso, será sempre mais fiel, indissolúvel e fecundo".


Apresentando-nos o testemunho do nosso primeiro genuíno conterrâneo elevado, como Santo, às honras dos altares: "Significativo é o exemplo do Frei Galvão pela sua disponibilidade para servir o povo sempre quando era solicitado. Conselheiro de fama, pacificador das almas e das famílias, dispensador da caridade especialmente dos pobres e dos enfermos". E ainda: "Queridos amigos e amigas, que belo exemplo a seguir deixou-nos Frei Galvão! Como soam atuais para nós, que vivemos numa época tão cheia de hedonismo, as palavras que aparecem na Cédula de consagração da sua castidade: "tirai-me antes a vida que ofender o vosso bendito Filho, meu Senhor". São palavras fortes, de uma alma apaixonada, que deveriam fazer parte da vida normal de cada cristão, seja ele consagrado ou não, e que despertam desejos de fidelidade a Deus dentro ou fora do matrimônio. O mundo precisa de vidas limpas, de almas claras, de inteligências simples que rejeitem ser consideradas criaturas objeto de prazer. É preciso dizer não àqueles meios de comunicação social que ridicularizam a santidade do matrimônio e a virgindade antes do casamento".


Cumprindo sua missão de confirmar na fé os seus irmãos recorda ao Episcopado uma das suas iminentes tarefas: "A vida social está atravessando momentos de confusão desnorteadora. Ataca-se impunemente a santidade do matrimônio e da família, iniciando-se por fazer concessões diante de pressões capazes de incidir negativamente sobre os processos legislativos".


Rogando a mãe de Deus e nossa, recomenda a sua maternal intercessão por todos nós: "Mãe nossa, protegei a família brasileira e latino-americana!".


Obrigado Santo Padre, pelas palavras tão renovadoras que nos dirigiu, que nós, famílias cristãs, embora em vasos de argila, carreguemos o grande tesouro da vida conjugal, sabendo que o matrimônio é caminho seguro para a santidade!
Maria, Rainha das famílias, rogai por nós!

D. Hugo da Silva Cavalcante, OSB