Na Basílica de Santa Maria em Trastevere, os fiéis respeitam as medidas de segurança para rezar

Na Basílica de Santa Maria em Trastevere, os fiéis respeitam as medidas de segurança para rezar  (AFP or licensors)

A retomada à celebração das missas com o povo na Itália deve acontecer só no final de maio, sob a base de evolução da curva epidemiológica, e respeitando um protocolo acordado entre o governo e a Conferência Episcopal Italiana (CEI). Nesta segunda-feira (4), a Itália começa a Fase 2, de saída gradual da emergência do Covid-19.

Nesta segunda-feira (4) a Itália começa a Fase 2 da emergência do Covid-19, ainda com restrições importantes para conter a disseminação do vírus, mas com algumas medidas flexíveis, entre elas, a realização de cerimônias fúnebres. O novo decreto para este período, porém, ainda não permite a realização de missas com a participação dos fiéis. A Conferência Episcopal Italiana (CEI) e o governo do país, segundo a imprensa nacional, estariam desenvolvendo modalidades pertinentes para retomar as celebrações no final de maio, sob a base de evolução da curva epidemiológica.

Termos canner não deve ser obrigatório

No sábado (2), uma das definições dos bispos italianos, junto ao comitê técnico-científico do governo, é de não tornar vinculante a participação dos fiéis nas missas ao uso do termoscanner ou screening, a prática capaz de medir digitalmente a temperatura corpórea à distância, identificando se a pessoa está com febre. O porta-voz da CEI, Pe. Ivan Maffeis, ao participar de um programa de rádio da RAI 1 neste domingo (3), comentou que a decisão foi tomada também porque “muitos italianos estão assumindo sempre com maior responsabilidade” as normas contra o Covid-19.

Responsabilidade ao retomar as missas

Já o presidente dos bispos italianos, dom Gualtiero Bassetti, em comunicado divulgado no sábado (2), enfatizou, porém, que essa retomada das missas com o povo vai seguir um protocolo que deverá ser observado pela comunidade católica, sem abaixar a guarda. O cardeal agradeceu o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, com quem teve encontros “contínuos e profícuos” para definir a gradual retomada das celebrações litúrgicas.

Como Igreja, reconheceu dom Bassetti no comunicado, “compartilhamos, claro que com sofrimento, as limitações impostas para tutelar a saúde de todos”, mas “sem atalhos”, “procuramos nos movimentar numa ótica de responsabilidade para tutelar, sobretudo, os mais expostos”. Em véspera daquele que pode ser um renascimento para todo o país, disse o presidente, “reitero a importância que não se abaixe a guarda mas, como repetimos nesses meses, acolham as medidas sanitárias no horizonte do respeito à saúde de todos, como, também, as indicações dos períodos necessários para protege-la melhor”.

O presidente dos bispos finalizou o comunicado expressando proximidade da Igreja ao país neste momento difícil e disse: “sou um sinal e testemunha das inúmeras obras de caridade que as nossas dioceses e paróquias souberam dar vida”. A própria Igreja, de maneiras diversas, “intensificou a intercessão” para ajudar todos, as famílias, os doentes e quem os cuida, quem perdeu o trabalho.