Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)

 

Neste domingo, penúltimo do Ano Litúrgico, celebramos o dia mundial dos pobres com o lema: “A esperança dos pobres jamais será frustrada”, da mensagem do Papa Francisco, do SL 9,19.  Num tempo de crescimento desigual, o salmista expressa o grito confiante do pobre no Deus vivo que não esquece os pequenos e excluídos.  À semelhança daquela realidade, hoje percebemos a arrogância e indiferença com que são tratadas as multidões de irmãos pobres.

Sem dúvida, eles são o termômetro para avaliar o tipo de desenvolvimento que temos e a distância com uma verdadeira democracia.  A sua vida, ameaçada e desprotegida, é um clamor constante que Deus sempre escuta e atende.  Os cristãos, seguindo a Jesus, o Salvador, sempre ao lado dos pequenos, são chamados a tornarem-se sinais vivos do cuidado, da misericórdia e da ternura do Pai amparando e promovendo estes irmãos, verdadeiros sacramentos de Cristo Sofredor.

Ao estar com eles, não só um momento de ocasião, seremos animados e fortalecidos nesta esperança que não engana, que não decepciona, que não desiste, mas vai fazendo crescer o Reino. Aprendamos, com eles, a resiliência e a viver em pé, apesar das dificuldades e carências, a partilhar solidariamente os bens, construindo uma sociedade onde caibam todos (as).

Neste domingo, não pensemos nesses irmãos como objetos de uma filantropia sentimental, mas como aliados e amigos num sonho de uma esperança generosa.   Sejamos cada vez mais amigos e irmãos dos pobres, pois, serão nossos advogados e intercessores na hora do encontro com Cristo.  Caminhemos sempre juntos aos pobres, anunciando com eles e como eles, o Reino do amor, da paz, da justiça e da misericórdia. Deus seja louvado!