Estamos fazendo história na era da propaganda. Andando pelas praças e ruas, é comum encontrarmos inúmeras propagandas, cujo objetivo é estabelecer uma comunicação com o público, que se espera, seja consumidor do produto, acredite nele, aprecie, sinta necessidade e o adquira.

Quando entramos em nossas paróquias, igrejas ou comunidades, também temos muitas informações sobre evangelização, trabalhos pastorais e, principalmente, sobre o dizimo. Todos eles contêm frases de efeito, com conteúdos que podem provocar forte motivação. Há um enorme investimento para transmitir o valor do dízimo. Tudo isso se torna necessário para estimular e comprometer as pessoas a fim de que façam a experiência dizimal.

A motivação é decorrente de algo intrínseco, de forças interiores que existem em cada pessoa. Contudo, depende do incentivo exterior para que desperte e se traduza em ação. A formação e a educação são forças exteriores que querem, exatamente, incidir no interior da pessoa para que ela se motive a aja adequadamente.

Para que os paroquianos possam entender e se comprometer melhor com a Pastoral do Dízimo faz-se necessário um processo de educação e formação. São necessárias informações claras, sucintas e objetivas, pois quando não existem informações satisfatórias as pessoas criam outras nem sempre condizentes com a verdadeira razão que justifica a experiência dizimal.

Para ajudar na conscientização e levar os paroquianos a se motivarem para a experiência dizimal usaremos três ditados populares:

A) "NINGUÉM GOSTA DO QUE NÃO SENTE COMO SEU"

Ninguém faz o que não quer; ninguém gosta do que não sente como seu e ninguém assume algo do qual não faz parte de fato e de efeito.

Antes de qualquer evangelização visual é necessário que nossas igrejas sejam lugares privilegiados de evangelização, de encontro, de alegria, de conforto, de acolhida, de encorajamento, de expressão da comunhão e participação eclesial; ambiente propício à reflexão e à escuta orante da Palavra de Deus; lugar da oração pessoal e comunitária e da vivência dos sacramentos. O atendimento aos paroquianos, a igreja bem iluminada, a limpeza e a ambientação são detalhes importantes para criar um espaço no qual as pessoas se sintam bem e como que em sua casa. Assim, os paroquianos estarão motivados para cuidar da sua "casa", do ambiente em que vivenciam algo positivo e agradável para si e para os outros.

B) "NINGUÉM LUTA POR AQUILO QUE NÃO SABE O QUE É"

A informação é a melhor técnica e a melhor estratégia de aproximação entre os paroquianos e sua comunidade de fé. É o aspecto mais explícito da comunicação. Os paroquianos gostam de receber informações claras, precisas e verdadeiras sobre a ação evangelizadora de sua paróquia e, principalmente, sobre a pastoral do dízimo. É importante relatar a experiência dizimal de alguns dizimistas; falar sobre o senso de família cristã na administração do dízimo na paróquia e prestar contas periodicamente (receitas e despesas). Os fiéis devem ter clareza sobre como está sendo aplicado o dizimo, isto é, para o sustento do templo e de seus ministros, para a evangelização e para as obras sociais.

C) "NINGUÉM INFORMA SOBRE O QUE NÃO SABE E NÃO VIVE"

Conhecendo e vivendo bem a ação evangelizadora da Igreja e sabendo o que significa ser Igreja acolhedora e missionária, os paroquianos estarão imbuídos de uma excelente mística dizimal. Com isso, irão saber informar a outros que a sustentação da paróquia se dá pela consciência do dízimo. Divulgarão que o dízimo é sinal de maturidade eclesial, de pertença e de comprometimento com o todo, em forma de partilha e comunhão. Assim, farão com que outros saibam que o dízimo, apresentado ao altar do Senhor, é bem administrado. Percebendo a transparência das contas da paróquia, o senso de família na administração, sensibilizados pela pastoral, convencidos do valor do dízimo os paroquianos serão os primeiros a incentivar e a convidar novos membros para esta experiência.

Sabemos que não existe uma "fórmula mágica" capaz de motivar e comprometer os cristãos católicos a fazer a experiência dizimal. Porém, também diz o ditado popular: "Ninguém faz nada sem amor".

O importante é sentir a comunidade - Igreja como sua, estar bem informado, informar aos outros; começar e perseverar nesta experiência. Daí, certamente, brotará e crescerá o amor que sustentará e dará vigor a esta forma de comunhão e participação.

Paz e Benção

Diácono Claudino