DOM ACÁCIO RODRIGUES ALVES

Nasceu em Garanhuns - PE, no dia 9 de abril de 1925, filho de Antônio Alves do Nascimento e Maria Rodrigues Alves. Fez seus estudos de Filosofia no Seminário de Olinda, no período de 1943 a 1945, e de Teologia, na Pontifícia Universidade Gregoriana, de 1946 a 1949. Recebeu a Ordenação Presbiteral, em Roma, no dia 12 de março de 1949. Especializou-se em Direito Canônico, de 1949 a 1951, na Universidade Gregoriana. Na Diocese de Garanhuns, exerceu atividades pastorais, em Paróquias e Capelanias; participou da formação dos seminaristas, na direção espiritual e na reitoria do Seminário Diocesano; exerceu o magistério em Colégios da cidade.

Criada a Diocese de Palmares - PE, no dia 13 de janeiro de 1962, foi nomeado seu Bispo Diocesano, no dia 14 de julho de 1962. Recebeu a Ordenação Episcopal, em Garanhuns, no dia 16 de setembro de 1962. Foram seus Ordenantes Dom José Adelino Dantas, Dom João José da Mota e Albuquerque e Dom Serafim Fernandes de Araújo. Instalada canonicamente a Diocese de Palmares, no dia 23 de setembro de 1962, tomou posse, como primeiro Bispo Diocesano.

Participou das quatro Sessões do Concílio Vaticano II. Procurou desenvolver em seu episcopado, à luz das orientações doutrinárias e pastorais do Concílio, um grande esforço para implementar uma ação evangelizadora urbana e rural que levasse o povo a um autêntico encontro com o Evangelho de Cristo.

Promoveu o protagonismo dos leigos, apoiando as lutas e defendendo os direitos dos trabalhadores rurais, especialmente, na região canavieira, enfrentando as peculiares difículdades do período do Regime Militar. Imbuido da espiritualidade focolarina, contribuiu para que a mística e a prática da Obra de Maria se expandissem no Brasil e na Diocese de Palmares. Teve uma especial atenção com a presença de religiosos e religiosas na Diocese, favorecendo a sua inserção em diversas comunidades. Desde o início do seu Episcopado, acolheu sacerdotes de outras Igrejas, porém, enfrentou o desafio de oferecer à Diocese um clero capaz de atender, em quantidade e qualidade, às necessidades do Povo de Deus que lhe foi confiado. Para tanto, estimulou uma cuidadosa Pastoral Vocacional que gerou frutos, com a ordenação de diversos sacerdotes.

Fortaleceu a articulação pastoral da Igreja diocesana, em sintonia com as Diretrizes da CNBB. No Regional Nordeste 2 da CNBB, exerceu a função de Bispo referencial do Tribunal Eclesiástico, da Pastoral Familiar e do Ecumenismo. Foi membro e Presidente da Sociedade Brasileira de Canonistas.

Inspirado no seu lema episcopal "Unum in Christo" (Um em Cristo), esteve à frente da Diocese de Palmares, durante 38 anos. Nos termos do Cân. 401, § 1, renunciou ao governo da Diocese, no dia 12 de julho de 2000, assumindo a função de Administrador Apostólico, durante o período da vacância, até a posse do seu Sucessor, no dia 28 de outubro de 2000.

Após uma prolongada enfermidade, na condição de Sucessor dos Apóstolos, faleceu, no dia 24 de agosto, dia da memória do Apóstolo São Bartolomeu, no Hospital Português, Recife