"Para mim fazer"
"É erro freqüente no Brasil o emprego da forma oblíqua mim com função subjetiva. Não se deve dizer "Estas laranjas são para mim chupar", porquanto o mim aí está a exercer função de sujeito. Correta, assim deve ficar a construção: "Estas laranjas são para eu chupar".
Se dissermos simplesmente "Estas laranjas são para mim", a construção estará certa (o mim tem agora função dativa), mas se a essa expressão acrescentarmos um verbo qualquer no infinitivo, o mim deverá ser substituído por eu, porque passará a exercer função de sujeito desse infinitivo; o infinitivo é que, em tal caso, é regido pela preposição e não pronome. Estas laranjas são para quê? Para chupar. Quem vai chupar? Eu".
"Onde, aonde"
"Onde indica estada, permanência em um lugar: "Não sei onde (em que lugar) você o encontrou". Aonde indica movimento para um lugar: "Sei aonde (para que lugar) queres ir".
ALMEIDA, Napaoleão Mendes de. Dicionário de questões vernáculos. São Paulo, Caminhos Suave. 1981.