Entre os dias 10 e 19 de abril, em Aparecida, realizou-se a 51ª assembléia geral dos bispos do Brasil. Éramos mais de 400 pessoas: bispos (também eméritos), assessores clérigos, religiosos e leigos. Às 7h30 concelebrávamos a Eucaristia com laudes. Em seguida íamos para o centro de Eventos Pe. Vítor Coelho de Almeida. Na parte da manhã, tínhamos duas sessões intercaladas por uma pausa para cafezinho. O mesmo acontecia à tarde, quando rezávamos a hora média e as vésperas.

O tema central foi "Comunidade de Comunidades - a nova Paróquia". Foi estudado o texto preparado pela comissão episcopal de doutrina, que recebeu várias emendas. Preferiu-se editar o caderno verde, para estudo nas bases, e voltar à próxima assembléia. O mesmo aconteceu com o texto "Questão Agrária no início do século XXI", preparado pela comissão episcopal que trata dos assuntos sociais. Após estudo e emendas, vai sair em caderno verde para ser estudado nas bases. Já o "Diretório da Comunicação" preparado pela comissão afim, será revisado e encaminhado para o Conselho Permanente, a fim de ser aprovado.

Tivemos análise da conjuntura eclesial, a partir do mapa religioso do Brasil. Houve acenos da situação sócio-política do país, com respeito aos problemas no campo e das comunidades indígenas e quilombolas. Fizemos uma nota de apoio aos nordestinos que sofrem com a estiagem. E, como sempre, houve a apresentação do relatório da presidência e a prestação de contas do ecônomo. As comissões episcopais informaram sobre suas atividades e alguns organismos expuseram seus desafios e esperanças. Os textos apresentados da nova edição do Missal foram aprovados.

Deu-se ênfase à Jornada Mundial da Juventude, cujos símbolos estavam em Aparecida e abrilhantaram nossa Missa de encerramento. Temos que preparar a Semana Missionária que antecede esse grande evento, e acolher bem os jovens que irão para as dioceses. Os jovens que forem participar da Jornada Mundial, no Rio de Janeiro, devem se inscrever a tempo, para evitar atropelos de última hora.

Apesar de alguns senões, como as despesas e o acúmulo de assuntos, a assembléia geral foi um grande momento de comunhão fraterna entre os pastores e de unidade de nossas Igrejas, que assumiram o projeto de comunhão e partilha para apoio às Dioceses carentes que, agora, respiram aliviadas, pois têm recursos para formarem seus seminaristas. Deus seja louvado por esse testemunho!

 

† Frei Diamantino P. de Carvalho, ofm

Bispo da Diocese da Campanha