A SBC. PEDE A INTERCESSÃO DE SEU PATRONO ,QUE ABENÇOE TODOS OS CANONISTAS .

DIA 21 A 26 DE SETEMBRO DE 2020,

NOSSO ENCONTRO EM VITÓRIA ESPIRITO.

CONTAMOS COM A SUA VALIOSA PRESENÇA.

Alguns santos a Providência dá uma missão restrita, bem delimitada. Outros são chamados para acudir às necessidades gerais da Igreja, nos mais diversas campos de apostolado. Eles sustentam a causa de Deus em toda parte, são, por assim dizer, factótuns (faz-de-tudo) de Deus.

Nessa perspectiva, a vida de São Raimundo se torna mais facilmente compreensível. Trata-se de um Santo com uma vocação universal. Chamado pela Providência para as missões Sao Raimundo Penafort_.jpgmais diversas, ele, com uma versatilidade prodigiosa, “faz de tudo”, quase ao mesmo tempo.

Nasceu em 1175, no castelo de Peñafort, na Catalunha, Espanha. Seus pais eram de nobre estirpe de cavaleiros. Ainda leigo, com a idade de 20 anos, já ensinava filosofia em sua cidade, mais com o intuito de formar os corações do que de instruir os espíritos. O tempo que lhe sobrava, empregava- o em socorrer os infelizes e conciliar divergências entre seus concidadãos.

Aos 30 anos ingressou na Universidade de Bolonha, onde estudou Direito Canônico e Civil com tal êxito que não tardou em doutorar-se e passar de aluno a mestre. As qualidades e virtudes do piedoso doutor faziam dele um dos mais belos ornamentos da famosa Universidade. Em pouco tempo, sua reputação já alcançava países distantes.

Em 1219, o Bispo de Barcelona, Dom Berenger, foi a Bolonha, com o objetivo de levar consigo Raimundo para sua diocese. Bem sabia o Prelado quanto este lhe seria valioso instrumento para reforma dos costumes, reafervoramento do povo e até mesmo do clero da Catalunha. O famoso professor, entretanto, não se mostrava disposto a abandonar seu campo de trabalho, onde podia fazer tanto bem para a salvação das almas.

O Bispo, porém, sabia como tocar as cordas sensíveis do Santo. Após expor- lhe as prementes necessidades da Igreja em Barcelona, afirmou que ele tinha uma particular obrigação de atender primeiro seu país natal. Depois lhe mostrou o perigo de se afastar do caminho de Deus, ao qual ele ficaria mais exposto se seguisse apenas sua própria vontade. E encerrou com o seguinte argumento: em Bolonha, o brilho de sua reputação lhe atraía tão grandes aplausos que não poderia deixar de aumentar desmedidamente suas ocupações, com prejuízo da vida interior. Por fim, Raimundo se deixou persuadir e transferiu-se para Barcelona, dedicando-se de corpo e alma ao serviço do Altar.

Nomeado cônego, e pouco depois arqui-diácono, logo tornou-se o modelo dos sacerdotes na igreja de Barcelona, tanto pela inocência de sua vida quanto pela regularidade e exatidão no cumprimento de todos os ministérios.

Empenhou-se para que os atos litúrgicos fossem realizados com a maior dignidade e beleza. Autorizado pelo Bispo, promoveu pela primeira vez a celebração da festa da Assunção de Nossa Senhora, com ofício solene.

Raimundo estava sempre pronto a socorrer os indigentes e auxiliar a todos quantos iam consultá-lo. Em pouco tempo fez-se amado e respeitado por todos. O exemplo de suas virtudes contribuiu mais para a reforma dos costumes que toda a autoridade da qual fora revestido pelo Bispo.

Mas o desejo de levar uma vida mais perfeita, mais penitente e menos exposta aos olhos dos homens, cujos louvores temia, o impelia a procurar um estado de maior dedicação. Quando professor em Bolonha, testemunhara as grandes virtudes de São Domingos e os milagres que Deus realizava por meio desse Santo. Era grande admirador da vida angélica dos primeiros dominicanos estabelecidos em Barcelona. Dócil à voz de Deus que o chamava a ser como eles, recebeu o hábito religioso de São Domingos na Sexta-Feira Santa de 1222, na idade de 47 anos.