Denise Claro
Da redação, com colaboração de Danusa Rego

Dom Odilo comentou sobre o Consistório deste sábado e sobre Mês Missionário Extraordinário.
 

Neste sábado, 5, acontecerá, em Roma, o Consistório convocado pelo Papa Francisco para a criação de novos cardeais. O anúncio da data foi feito durante o Ângelus do dia 1º de setembro, juntamente com os nomes dos novos purpurados. Serão dez novos cardeais eleitores em um futuro Conclave e outros três como parte do Colégio Cardinalício, que, por razão de idade, não participariam em uma eleição do Sumo Pontífice.

O Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, em entrevista nesta terça-feira, 1, ao jornalismo Canção Nova, comentou sobre a convocação que acontece, em média, a cada dois anos:

“Os novos membros vão compor o colégio cardinalício, que tem, claramente, a missão de ser o colégio de consultores do Papa, os cardeais são conselheiros do Papa nas suas decisões em relação a toda a Igreja.”

Com essa indicação, o Papa completará o Colégio dos cardeais eleitores, que, normalmente, são 120, e estava um pouco abaixo do número.

“Agora, vai ficar um pouco acima. O Papa, no entanto, quis chamar novos membros também para as substituições necessárias e integração de novos membros. Alguns são chefes de Dicastérios na Cúria, outros são bispos de dioceses que, em várias partes do mundo, era necessário a nomeação de um cardeal, para ter uma presença referencial naquelas áreas. É um momento muito significativo para a Igreja.”, afirmou Dom Odilo.

Mês Missionário Extraordinário

O arcebispo de São Paulo também aproveitou para comentar sobre o Mês Missionário Extraordinário, iniciado ontem. A convocação foi feita pelo Papa Francisco, em 2017, e é uma iniciativa para ajudar a Igreja a aprofundar a consciência missionária.

“Esse despertar é necessário em toda a parte, é muito importante na Europa e em outras partes do mundo onde a Igreja mostra sinais de cansaço, sinais de perda e dinamismo.”

Em relação à vivência eclesial local, Dom Odilo lembrou que é preciso ter abertura para ir em missão em direção aos outros povos, a missão ad gentes, mas também estar atento e evangelizar quem está perto:

“Hoje, todas as nossas cidades são terras de missão. Paróquias são terras de missão, de repente, até as nossas casas são terras de missão. Então, da parte de todos os católicos, é importante um novo despertar da consciência missionária, sabendo que Jesus quis que a Igreja fosse missionária, não uma Igreja parada, olhando só para dentro de si.”

Ao se recordar das palavras do Papa João Paulo II, que falava da Igreja no novo milênio, o cardeal reforçou que a Missão da Igreja está longe de terminar, mas está apenas começando.

“Estamos nesse começo missionário sempre, e precisamos sempre, de novo, retomar o sentido da missão, o espírito missionário e a prática missionária concreta. Este mês deve nos ajudar a isso, que tenhamos iniciativas missionárias, encorajemos nossas comunidades e paróquias, a contribuir para este novo despertar da ação missionária da Igreja.”, concluiu.