Deus, deveras, entrou na história, encarnando-se no homem Jesus de Nazaré. Jesus é homem e Deus.  

Contudo, ripostam alguns: não, Jesus não era Deus! Era apenas um homem muito bom, que pregou o caminho da salvação.

O problema é que Jesus mesmo revelou-se como Deus. Destaquemos algumas passagens bíblicas incontestes: "Eu e o Pai somos um" (Jo 10,30); "Em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão existisse, eu sou" (Jo 8, 58); "Quem me viu viu o Pai" (Jo 14, 9). São Tomé, o apóstolo incrédulo, diante do ressurrecto, declara expressamente, sem que Jesus o desminta: "Meu Senhor e meu Deus!" (Jo 20, 28).

Em face dos excertos escriturísticos acima transcritos, redarguem outros: não! É que Jesus estava enganado; pensou ser Deus, mas não era divino.   

  1. S. Lewis apresenta um trilema simbolizado por palavras inglesas iniciadas pela letra "l":   lunatic (lunático), liar (mentiroso), Lord (Senhor).

Ouçamos o escritor britânico:

"Primeiro, se ele [Jesus] alega ser Deus e de fato não é; ele deve ser louco ou lunático.

Segundo, se ele não é Deus e nem lunático, deve ser mentiroso, enganando os outros com sua mentira.

E terceiro, se ele não é nenhum desses dois, ele deve ser Senhor, isto é, Deus.

Você só pode escolher uma dessas três possibilidades.

Se você não acredita que ele seja Deus, deve considerá-lo louco.

Se você não consegue vê-lo como nenhum desses dois, você tem de vê-lo como mentiroso.

Não há necessidade de provarmos que Jesus é Deus. Tudo que temos de fazer é descobrir se ele é lunático ou mentiroso. Se não for nem um nem outro, ele é o Filho de Deus."

Edson L. Sampel

Professor da Faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo

(da Arquidiocese de São Paulo)

 

Consócio n. 108/91.