(Artigo baseado na palestra proferida pelo autor em Aparecida, SP, no dia 12/12/2015)

Introdução

O que é uma academia? Eis a pergunta que me proponho responder neste artigo. Na primeira parte desta reflexão, discorrerei sobre a academia em geral, notadamente acerca das academias do Vaticano. Num segundo momento, esboçarei, então, a concepção do que seja uma academia marial ou mariana.

Hoje em dia, o vocábulo “academia”, quando pronunciado, nos faz lembrar imediatamente de um lugar onde se pratica ginástica. Não é isso? Quase ninguém traz à mente, por exemplo, a lembrança da vetusta Academia Brasileira de Letras, nem tampouco da egrégia Academia Real das Ciências da Suécia, que outorga todo ano o prêmio nobel de física e química. Se digo que vou à academia, meu interlocutor me redarguirá: vai “malhar”; isto é muito bom! Contudo, talvez eu esteja indo à AMA, em Aparecida.

A palavra “academia” advém do idioma grego Ακαδήμεια (academia). O Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, do prof. Antenor Nascentes, com certeza o mais importante etimólogo do nosso vernáculo, já falecido, veicula esta explanação acerca da origem do termo “academia”:

“Academia. Do grego akademia, pelo latim, academia. Num bosque de oliveiras e plátanos a oeste de Atenas, possuído em remotos tempos por um herói de nome Academo, instalou-se um ginásio onde Platão, que morava nos arredores, vinha explicar suas doutrinas a discípulos. Depois o nome se generalizou para todas as sociedades organizadas, de sábios, poetas e artistas.”

Vemos que “academia”, segundo o festejado etimologista, vem de um nome próprio, de pessoa: Academo.

A origem da academia, desta feita, se encontra na Grécia antiga, ligada à escola de filosofia de Platão. O Dicionário Aurélio apresenta as seguintes acepções para o verbete “academia”:

“[Do gr. akademía, pelo lat. academia.] Substantivo feminino. 1.Escola criada por Platão (v. platonismo) em 387 a.C., situada nos jardins consagrados ao herói ateniense Academo, e que, embora destinada oficialmente ao culto das musas, teve intensa atividade filosófica. [Com cap. Cf. Escola de Atenas.] 2.P. ext. Escola de qualquer filósofo. 3.Estabelecimento de ensino superior de ciência ou arte; faculdade, escola: academia de direito, de medicina, de engenharia; Academia Militar das Agulhas Negras. 4.Escola onde se ministra o ensino de práticas desportivas ou lúdicas, prendas, etc.: academia de judô, de dança, de corte e costura. 5.Sociedade ou agremiação, particular ou oficial, com caráter científico, literário ou artístico. 6.O conjunto dos membros de uma academia (5). 7.Local onde se reúnem os acadêmicos [v. acadêmico (6 e 7)]. 8.Bras. Restr. A Academia Brasileira de Letras. [Com cap., nesta acepç.] 9.Bras. N.E. V. amarelinha2. [Cf. acadêmia.]”

Note-se que a primeira acepção, a mais importante e que decerto caracteriza o vocábulo, define “academia” como a escola criada pelo filósofo Platão. Na segunda acepção, igualmente alicerçada na essência do termo definido, diz-se que “academia” é a escola de qualquer filósofo. A terceira acepção oferecida pelo lexicógrafo Aurélio, a qual outrossim repousa na alma do vocábulo em apreço, conceitua “academia” como um estabelecimento de ensino superior de ciência ou arte. Por fim, na quinta acepção se encaixaria a AMA (Academia Marial de Aparecida): sociedade ou agremiação, particular ou oficial, com caráter científico, literário ou artístico.

 

Pontifica academia ciência

I- As academias do Vaticano

Sob os auspícios diretos da cúria romana, no Vaticano, existem as seguintes academias:

  1. Pontifícia Academia das Ciências
  2. Pontifícia Academia das Ciências Sociais
  3. Pontifícia Academia para a Vida
  4. Pontifícia Academia Santo Tomás de Aquino
  5. Pontifícia Academia de Teologia
  6. Pontifícia Academia Mariana Internacional
  7. Pontifícia Insigne Academia de Belas Artes e Letras dos Virtuosos do Pantheon
  8. Pontifícia Academia Romana de Arqueologia
  9. Pontifícia Academia Cultorum Martyrum
  10. Pontifícia Academia Eclesiástica
  11. Pontifícia Academia de Latinidade

Vamos analisar apenas algumas dessas academias pontifícias, isto é, reconhecidas pelo papado. Iniciemos pela Pontifícia Academia para a Vida. O objetivo desta academia, segundo o artigo 1.º do seu estatuto, consiste em “promover o estudo e o progresso das ciências sociais, econômicas, políticas e jurídicas, à luz da Doutrina Social da Igreja.”

A Pontifícia Insigne Academia de Belas Artes e Letras dos Virtuosos do Pantheon, criada em 1542, tem, hoje, o designío de favorecer o estudo, o exercício e o aperfeiçoamento das letras e das belas artes, com particular interesse pela literatura de inspiração cristã e pela arte sacra, em todas suas vertentes.

A Pontifícia Academia Cultorum Martyrum, por seu turno, fundada em 1879, tem por objetivo promover o culto dos santos mártires e de incrementar e aprofundar o estudo da história desses santos.

A Pontifícia Academia Mariana Internacional é a mãe de todas as academias mariais e dos centros de estudo mariológicos. Fora fundada em 1946, com o escopo de promover o estudo científico, especulativo e histórico-crítico sobre a beata virgem Maria. Entre suas atribuições, ela deve coordenar os estudos marianos nos diversos centros mariológicos do mundo.

Em 1959, esta academia vaticana recebeu o título de pontifícia, concedido pelo papa são João XXIII. O título foi dado, em reconhecimento pelos trabalhos da academia. Fica aqui uma proposta a sua ema., o presidente da Academia Marial de Aparecida, dom Raymundo, para que pleiteie junto ao santo padre, o papa Francisco, a outorga do título de “Pontifícia” à nossa academia aparecidense: “Pontifícia Academia Marial de Aparecida” (PAMA). Hoje em dia, a Santa Sé tem sido muito parcimoniosa na concessão do título de “pontifícia” às universidades e a outras instituições de estudo católicas. No entanto, o santo padre poderia - quem sabe? - abrir uma exceção, em se tratando da festa, em 2017, dos 300 anos da invenção da imagem de santa Maria no Rio Paraíba.

Como pudemos observar pelos exemplos citados, todas as academias possuem, em síntese, um objetivo de estudo de determinado assunto; são entidades científicas. 

II- Academia marial ou mariana 

Passemos a meditar sobre o objetivo de uma academia marial, envidando esforços, neste momento, para responder à estoutra pergunta: O que é uma academia marial?, vez que espancamos as dúvidas relativamente à semântica de academia em geral. Desta feita, desde logo, pelo que expendemos até aqui, devemos asseverar que uma academia marial é um centro de estudos, isto é, um sodalício que congrega especialistas. Isto está claro!

Antes de tudo, gostaria de abrir um parêntese, a fim de tratar do adjetivo “marial”. Ele existe? É português castigado? Não seria melhor “academia ‘mariana’”? Ora, se compulsarmos o Aurélio, infelizmente não acharemos o verbete “marial”. O mesmo ocorrerá no Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, de Francisco da Silveira Bueno (MEC). O renomado Dicionário Houaiss igualmente não registra o verbete. Entre os dicionários contemporâneos, apenas o Michaelis tem a palavra “marial”: “Que diz respeito à virgem Maria; mariano”. Sem embargo, o grande e clássico dicionário Caldas Aulete porta a seguinte definição de “marial”:

“Relativo a Maria. Diz-se especialmente da literatura que diz respeito à virgem Maria; s.m.: coleção das preces, ofícios religiosos etc., referentes à virgem Maria.”

Observe-se que o prof. Caldas Aulete explica que “marial”, além de adjetivo, é um substantivo masculino. Assim, pe. Valdivino poderá dizer a uma de suas funcionárias: Maria de Jesus, pegue, por favor, o marial que está na estante, ou seja, o livro de preces, ofícios etc., sobre nossa Senhora.

De qualquer maneira, o epíteto “marial” é perfeito, mais adequado que “mariana”, porque ao sublime nome próprio da mãe de Deus acrescenta apenas um “l”: mariaL. Concluímos, destarte, afirmando que a palavra “marial”, um adjetivo, o mesmo que “mariano”, existe sim; é português escorreito, registrado, também, no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras.

Resumindo, por antecipação, o que se compreende por uma “academia marial”, diremos o seguinte:

  1. Não se trata de um colegiado ou de uma associação só de mariólogos em sentido estrito, vale dizer, composta só de peritos em mariologia.
  2. Não se trata de uma sociedade ou associação composta só de intelectuais, escritores, profissionais liberais, artistas etc., devotos de Maria santíssima.
  3. Não se trata de uma instituição eclesiástica cujo escopo é unicamente divulgar a hiperdulia, ou devoção a nossa Senhora.
  4. Não se trata apenas de um órgão que visa a formar novos mariólogos.
  5. Não se trata somente de um grupo de fiéis, pequeno ou grande, que se reúne para prestar culto à deípara.

 Entrada Academia

1) Não se trata de um colegiado ou de uma associação só de mariólogos em sentido estrito, vale dizer, composta só de peritos em mariologia.

O estudo da mariologia, um dos escopos principais da academia, com efeito, pressupõe certa multidisciplinariedade das ciências teológicas. Assim, é óbvio, prepondera a mariologia em sentido estrito, entretanto, moralistas, pastoralistas, liturgistas e canonistas, entre outros expertos, têm de participar de uma academia marial.

Maria santíssima é a discípula de Jesus por antonomásia. Logo, as virtudes dela são parte integrante do imenso arcabouço moral da Igreja, porquanto refletem perfeitamente os ensinamentos de Jesus. A mulher que tudo guarda e medita no coração (Lc 2, 16-21) nos comunica parâmetros éticos de comportamento. Assim, Maria, que, pelos méritos de Jesus Cristo, habita no céu de corpo e alma, é uma mulher a ser emulada diuturnamente.

A hiperdulia, objeto precípuo da reflexão de uma academia mariana, necessita ser pastoralmente trabalhada, a fim de que nosso povo, sobretudo os fiéis mais simples, possam haurir cabalmente dos benefícios da intercessão portentosa de Maria santíssima. “Chegar a Jesus sem Maria é querer voar sem asas”, escreveu Dante na Divina Comédia (Paraíso, canto XXXIII, 12). O povo, intuitivamente, sabe pedir a Maria, entretanto, é mister desenvolver uma catequese que torne a devoção a nossa Senhora um elemento devidamente incorporado à vida da Igreja, com frequência efetiva dos sacramentos, pois, consoante atestou o Concílio Vaticano II, “aprouve a Deus salvar e santificar os homens, não individualmente, excluída qualquer ligação entre eles, mas constituindo-os em povo que o conhecesse na verdade e o servisse santamente” (Constituição dogmática Lumen Gentium, 9).

A liturgia é outro esgalho da teologia ou outra ciência teológica que indubitavelmente integrará o rol de ocupações de uma academia marial, vez que a sã devoção a Maria tem de ser expressa em forma límpida, estreme de quaisquer devocionismos piegas, os quais, muita vez, afastam o católico do autêntico aspecto central que caracteriza a devoção a Theotókos. Os liturgistas da academia contribuirão para que o culto a nossa Senhora seja idoneamente incorporado nos mais diversos serviços religiosos, bem como para que toda referência a Maria aponte diretamente a Jesus.

Os canonistas, isto é, os especialistas em direito canônico, engendram elucubrações assaz relevantes relativamente à regulação jurídica do culto a nossa Senhora. Só para ficarmos no código canônico em vigor, que é a lei mais importante da sociedade eclesial, mas, não é a única, no Codex Iuris Canonici, de rito latino, há quatro cânones que disciplinam a devoção a Maria santíssima: o cânon 246, §3.º, determinando que os seminaristas sejam incentivados ao culto à bem-aventurada virgem Maria, através do rosário mariano, da oração mental e de outros exercícios de piedade; o cânon 276, §2.º, n. 5, recomendando aos clérigos especial veneração à virgem mãe de Deus; o cânon 663, §4.º, admoestando os religiosos a honrarem, mediante culto especial, com a reza do terço, a virgem mãe de Deus, modelo de proteção de toda vida consagrada e, finalmente, o cânon 1186, o qual convida todos os fiéis, leigos e clérigos, a uma especial e filial devoção à mãe de Jesus.        

2) Não se trata de uma sociedade ou associação composta só de intelectuais, escritores, profissionais liberais, artistas etc., devotos de Maria santíssima.

Não se deseja formar um escol ou uma elite de membros, caracterizados pela sua erudição ou pelo desempenho de ofícios relevantes e de natureza intelectual. Uma academia mariana abrir-se-á a quem quiser nela se inscrever, convidará os fiéis, principalmente os pobres, preferidos de nosso Senhor Jesus Cristo. Nada obstante, será imprescindível criar um núcleo acadêmico de reflexão teológica e mariológica, este sim, composto pelos especialistas que mencionei há pouco.

Fica aqui consignada mais uma sugestão ao eminentíssimo sr. presidente da AMA e ao reverendíssimo sr. diretor, pe. Valdivino Guimarães, CSsR, no sentido de que se mantenham os congressos mariológicos acessíveis aos associados em geral e a outros interessados, mas que se promovam outrossim conferências e encontros votados aos especialistas.

Os associados de uma academia marial obtêm dela um aprofundamento catequético na devoção a nossa Senhora e são instados a se tornarem multiplicadores dessa santa e sã devoção.

3) Não se trata de uma instituição eclesiástica cujo escopo é unicamente divulgar a hiperdulia, ou a devoção a nossa Senhora.

O que fazer precípuo de uma academia marial é de ordem teológica, isto é, cabe a este jaez de academia aprofundar e estudar sempre mais o culto de hiperdulia reservado à amantíssima mãe de Deus.

Bastantes instituições da Igreja, dioceses, paróquias, associações laicais etc., divulgam e devem divulgar a sacratíssima devoção a santa Maria. Sem embargo, uma academia mariana não é um centro devocional, e sim um centro de estudos mariológicos.

Os padres, nas homilias, têm o dever de divulgar a devoção mariana. Aliás, uma homilia bem preparada, bem equacionada, deveria sempre terminar com uma súplica a Maria santíssima, pedindo que ela rogue a Jesus pela salvação dos paroquianos.

Os leigos têm, também, a missão de divulgar o culto a nossa Senhora, quer em colóquios amistosos, quer, através do exemplo, rezando o terço. Assim como assim, o amor a nossa Senhora e a devoção a ela estão de tal modo introjetados na “alma católica”, que quase não há mister promover propagandisticamente a devoção mariana. A referida devoção precisa, isto sim, ser burilada, purificada. E este é um dos papéis de uma academia marial.

4) Não se trata apenas de um órgão que visa a formar novos mariólogos.

 Em certo sentido, uma academia marial forma mesmo mariólogos, porque congrega teólogos e especialistas de várias áreas, que acabam focando as temáticas concernentes à mariologia. Todavia, uma academia marial implica a existência prévia de mariólogos, formados nas universidades eclesiásticas, os quais se dispõem a integrar a academia, para uma maior concentração dos estudos ou, então, para a reflexão sobre pontos específicos da devoção a nossa Senhora. Desta feita, os docentes que lecionam a disciplina de mariologia nas diversas faculdades eclesiásticas deveriam ser membros natos dalguma academia marial, integrando o núcleo de especialistas, ao qual me reportei minutos atrás.

No que diz respeito especificamente ao caso da Academia Marial de Aparecida, os convênios que se celebraram com a Faculdade Dehoniana, sobre resgatar a natureza verdadeiramente acadêmica da AMA, propiciaram, ainda, a gestação de um sonho: ser a AMA o embrião de uma futura faculdade de mariologia. Deus vult!

5) Não se trata somente de um grupo de fiéis, pequeno ou grande, que se reúne para prestar culto à deípara.

Quem se inscrever numa academia marial precisa estar consciente de que entrou numa instituição científica. Mesmo que o inscrito não seja um especialista. Pode ser um professor, um advogado, um médico, um agricultor, um pedreiro, uma costureira, uma dona de casa etc. São tantas as possibilidades. Como já dissemos, estes associados não comporão o núcleo dos mariólogos profissionais. Nada obstante, o espírito que os conduziu à academia deve ser o desejo de estudar a devoção a nossa Senhora, portanto, o espírito do aprendizado formal. Não se pode pertencer a uma academia mariana, na condição pura e simples de querer exercitar práticas devocionais. Para isto, existem na Igreja outras associações, como a Liga de Maria, congregações marianas e variegados grupos devocionais, excelentes oportunidades para manifestar o amor pela mãe de Deus.

Talvez possamos ofertar um conceito positivo de academia marial. Para tanto, sirvo-me das lições do mariologista frei Clodovis Boff, OSM. Os objetivos que o frade propõe para a mariologia, na obra “Introdução à Mariologia”, mutatis mutandis, podem ser apropriados para definir uma academia marial e parecem se quadrar com o que eu venho escrevendo neste resumo.

Eu diria o seguinte; eis a definição que elaborei: “uma academia marial ou mariana é uma sociedade científica, isto é, um órgão composto por vários especialistas, que admite cooperadores sem especialização teológica, reconhecido canonicamente pela autoridade eclesiástica, cujo objetivo primário é aprofundar o estudo da hiperdulia, vale dizer, do culto a nossa Senhora, contextualizando-o a serviço do povo de Deus, nas seguintes principais perspectivas: a) intelectual, para a compreensão correta do lugar e da missão de Maria santíssima na história da salvação; b) espiritual, com vistas no crescimento do amor e da piedade para com a mãe do Senhor; c) moral, a fim de que o povo de Deus imite Maria santíssima como exemplo de vida, especialmente de fé e de amor; d) cultual, para poder celebrar Maria santíssima de modo adequado na liturgia e nas práticas da devoção popular e e) pastoral, a fim de se comunicar o sentido de santa Maria ao povo de Deus e à sociedade de hoje.” 

Conclusão

25ª Assembleia Anual da Academia MarialO IX Congresso Mariológico, realizado este ano, em setembro próximo passado, constituiu, sem sombra de dúvida, um divisor de águas. A AMA nunca mais será a mesma! Doravante, temos de nos referir à academia antes e depois do IX congresso. O êxito não foi apenas o número de participantes, recorde, que superou 300 pessoas, porém, o grande feito traduziu-se no alto nível dos temas, na simbiose perfeita entre as palestras e as interações (as reações) dos cursistas, bem como no formato do próprio evento, impecável na estética, exímio emolduramento!

Independentemente de quem serão os novos responsáveis pela AMA nos anos futuros, na presidência e na direção, o porvir da academia é deveras retumbante, alvissareiro, em virtude desse renascimento ocorrido no IX Congresso Mariológico. De fato, a força de propulsão foi avassaladora, a ponto de jogar a AMA para o futuro; como se fosse uma mola portentosa, num jato de proporções inimagináveis, que dispõe de um poder autônomo, a despeito dos condutores. Cum grano salis, seria alguma coisa comparável ao que se deu com a cidade de São Paulo. Fundada por jesuítas, São Paulo se desenvolveu e se desenvolve copiosamente sob a pujança e o ritmo que define ou definia os empreendimentos levados a cabo pelos filhos de Loyola.

Outro divisor de águas será, com certeza, a publicação de uma revista científica, a partir de 2016. O aludido periódico especializado introduzirá a AMA no rol das academias genuínas. A revista científica será o cartão de visita da AMA, compendiará suas atividades científicas e balizará todos os futuros empreendimentos da nossa auspiciosa Academia Marial de Aparecida.

Que santa Maria, a padroeira do Brasil, e são José de Anchieta, patrono da Academia Marial de Aparecida (AMA), roguem por nós! Amém!

 

Edson Luiz Sampel

Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, de Roma. Bacharel em Direito e em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Membro da Sociedade Brasileira de Canonistas (SBC), da Academia Marial de Aparecida (AMA) e da União dos Juristas Católicos de São Paulo (Ujucasp). Autor de diversos livros sobre direito canônico, o mais recente, “Resumo de Direito Canônico” (Editora Santuário)